Isto sim, é uma resposta certeira e inteligente ao mito sobre Calabote. Mas um dia destes ainda vou relembrar os mais esquecidos o que realmente se passou nessa tarde que ficou para a história falsamente... E não precisei de viver nesses tempos para o saber. Basta pesquisar um pouco e facilmente se desmonta as barbaridades que se contam sobre esse dia.
Hoje no entanto, deixo-vos este pedaço delicioso de texto:
«Trata-se de uma investigação sobre Inocêncio
Calabote, o árbitro que foi recebido pelo presidente do Benfica em sua
casa na véspera de um jogo. Não, desculpem. Enganei-me. É o árbitro a
quem o Benfica pagou uma viagem ao Brasil, assim é que é. Peço desculpa,
voltei a equivocar-me. O livro é sobre um árbitro que terá recebido
quinhentinhos de um vice-presidente do Benfica. Perdão, ainda não é isto.
É um árbitro ao qual o presidente do Benfica mandou oferecer fruta para
dormir, conforme comprovado por uma escuta. Apre! Não acerto. Bom,
parece que se trata de um árbitro ao qual o Benfica não ofereceu nada e
que, em troca, terá beneficiado o clube a ponto de fazer com que o Porto
ganhasse o campeonato. Enfim, um daqueles escândalos que nem 50 anos de
silêncio conseguem apagar. Mas, reconheça-se, um escândalo que se
mantém actual: um árbitro que acabou castigado pela justiça desportiva
num ano em que o campeonato foi ganho pelo Porto. Realmente, soa-me a
familiar.»,
Ricardo Araújo Pereira.
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