sexta-feira, 18 de maio de 2012

Bagão Felix não pensa nisso mas não descarta!

Sempre gostei de Bagão Felix como benfiquista. Sempre o vi como um futuro presidente. Nunca aconteceu, mas por mim, ainda pode ir a tempo. Vejo-o como o candidato forte e credível que o Benfica necessita para ter umas eleições a sério, tão importantes que seriam nesta altura da vida do clube. E como tal, apareceu uma vaga de fundo para que se candidate.

Hoje vem a resposta de Bagão Felix, numa entrevista, onde fala, como sempre, de forma correta e equilibrada, sobre essa hipótese e sobre a atualidade benfiquista.

Aqui vai o excerto que está disponível no site d'A Bola.


O antigo vice-presidente do Benfica lamenta o “timming” das eleições no clube, com a época a decorrer, e assegura que, por agora, não pensa avançar com uma candidatura.
«Neste momento, não penso nisso. É uma hipótese que não se coloca mas tenho o direito de pensar nisso, como qualquer sócio. Se posso mudar de ideias até outubro? Já tenho idade suficiente para não dizer que isto não acontecerá. Conheço-me bem e o contexto da minha vida e esses fatores condicionam as nossas decisões», disse Bagão Félix em declarações à TSF, onde elogiou o trabalho de Luís Filipe Vieira na liderança do clube.

«Quando se está há muito tempo e não se ganhe muito, é natural que haja algum desgaste. No Benfica só há um objetivo que é ganhar - não se pode viver apenas da ideia de ser Benfica. A marca não dá vitórias, as vitórias é que reforçam a marca. Nestes anos, melhorou-se em termos desportivos mas não tanto como querem os benfiquistas, que devem estar agradecidos a Vieira. Pegou no clube num momento delicado, restituiu-lhe credibilidade institucional, fez bons negócios e dinamizou as modalidades. Há aspetos positivos a tomar em conta», prosseguiu, criticando a ausência do presidente na reta final da temporada:
«No momento mais crítico da época, só vi uma cara a falar, que foi o Jorge Jesus completamente isolado. Não se viu o presidente e isso, por vezes, faz a diferença. O campeonato é uma competição longa que se ganha com uma boa equipa, um bom treinador mas também com toda a estrutura à volta», afirmou, mostrando-se a favor da continuidade do treinador:
«Tem contrato de quatro anos e sempre fui a favor da preservação dos contratos, exceto situações excecionais e o Benfica ganhou algumas coisas e jogou bom futebol. Mas a verdade é que ficou aquém das expectativas. Outra questão é a rotação dos jogadores. O Ramires esteve um ano, o Di Maria dois. Imagine o que seria esta época se o Benfica tivesse retardado um ano a transferência de Fábio Coentrão, bastava isso. Eu percebo que a questão financeira é difícil e este tipo de negócios têm de ser feitos mas há clubes que mantêm os jogadores durante três ou quatro anos. Jesus está sempre a reconstituir a equipa e deve ter as suas dificuldades.»
Sobre se as arbitragens afastaram o Benfica do título: «Acho que aconteceu mas isso, por si, não explica porque não foi campeão. O Benfica é a melhor equipa portuguesa quando joga bem mas é irregular pela rotação insuficiente de jogadores. Acho que o Benfica se entusiasma com o próprio entusiasmo. Tinha obrigação de fazer mais, por ter o melhor plantel.»

Sem comentários: